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terça-feira, março 30, 2004

 

O evangelho do voto em branco segundo José Saramago.


A pertinácia do tema abordado n´“o ensaio sobre a lucidez”, último livro de José Saramago, é assaz actual. Senão veja-se o exemplo espanhol em que o voto em branco se assume cada vez mais como uma opção reveladora de descontentamento e como um instrumento de rebate à cadência e decadência das opções político-partidárias que se vão apresentando.
É um facto de que é realmente, e com toda a razão, uma opção válida. Digo-o não hoje mas desde sempre. Desde há muito que aquando de eleições pondero sobre a melhor solução para o meio que me rodeia e também desde há muito que algo desiludido com os partidarismos bacocos, voto em branco. E em branco por uma simples razão : demonstro assim o meu descontentamento com o que me é apresentando e simultaneamente pretendo com esta minha opinião clara ( muito clara mesmo, em branco) que as propostas evoluam no sentido de que, ao invés, me contentem e me dêem oportunidade de escolher algo em que acredito. Acho uma perda de tempo, isso sim , um voto nulo. Simplesmente porque não é um voto válido. As razões que levam a que se vote nulo não são claras. De igual forma a abstenção revela também um hiato de fundamento. O desinteresse pela política é, indubitavelmente, diverso do desinteresse pelas propostas partidárias.
Mas o apelo dissimulado ao voto em branco carece, quanto a mim, de coragem política e de postura socializante. Ao que parece o José Saramago continua Português, apesar do seu auto-recolhimento na ilha de Lanzarote, em Espanha. Português naquele fragmentário sentido de que o que está, está mal, no entanto sobre soluções as lacunas revelam-se. Se ser-se de esquerda é isso, então algo vai mal no reino da Dinamarca, perdão, na república de Portugal. Mas devo deixar claro de que não fora a figura mediática e manifestamente partidária do José Saramago e eu concordaria na totalidade, ou quase, com estas opiniões, exasperos e anseios.

Aquela frase do Saramago que diz «depois não digam que eu não avisei» ainda ressoa nos meus ouvidos e lamento-a profundamente.

Queria também perguntar qual a razão deste debate público ser praticamente exclusivo da esquerda. Não vejo assim tantas diferenças entre esquerda e direita, no que concerne a opiniões de facto. Ainda ontem vi o António Costa e o Dias Loureiro a concordarem com tudo o que o outro ia dizendo. Lamento que o debate fosse aberto à direita apenas e somente para o Rebelo de Sousa. E, sinceramente, estou farto das baboseiras do Mário Soares. Ainda assim foi o que mais me fez rir, com aquela tirada de mestre:«confesso que me custou muito ler as primeiras cinco páginas, não estou habituado a ler livros quase sem pontos finais e com muito poucas vírgulas».


Tenho dito! – diz o zulu

 

Sobre as eleições gerais em Espanha
não me queria alongar muito, primeiro porque não creio que tenham ocorrido num clima de normalidade e depois porque creio que tudo já terá sido dito, ou quase.
Porém, ocorre-me uma questão que deixo no ar. Certamente não será só minha. Se Aznar se tivesse recandidatado, se o atentado de 11 de Março em Madrid não tivesse ocorrido e se o señor Aznar, o mister Blair e o Zé Manel Barroso em lugar de tentarem assegurar vantagens competitivas para os seus estados no contexto europeu com esta ridícula parceria firmada nos Açores com os States, tivesse sido mantida a nível europeu, numa lógica parceria Europa-Eua, teria o PSOE vencido as eleições ? Será o PSOE uma opção válida para Espanha, ou um recurso pensado à pressa ?


zulu supondo que...



 

Já tinha lido qualquer coisa sobre o assunto
, mas ver é ainda mais assustador. Então não é que a TVI “recrutou” um ex-condenado no qual recaíam suspeitas de ter morto seis ou sete pessoas em França e cometido actos de canibalismo e rituais satânicos para com ele fazer uma peça. O dito cujo que foi, afinal, acusado e condenado por apenas um dos sete homicidios de que era alvo de suspeita, resultante da já habitual falta de provas, cumpriu pouco mais de metade dos doze anos de cadeia a que foi condenado. Esta notícia teria uns dois minutos de tempo de antena, quando muito, no entanto a TVI decidiu fazer uma peça longa que foi passando no telejornal e que depois passou na íntegra. Era ver tal personagem deambulando pelo cemitério dos prazeres. Uma verdadeira peça de arte... E as perguntas não foram menos interessantes: «os seus pais têm medo de si?», ou «considera-se um canibal, um vampiro, ou um doente mental?».
E é assim que vai o jornalismo televisivo. Por alguma razão não costumo ver televisão, e confessamente de cada vez que vejo mais alguns minutos do que o normal período que levo até adormecer, fico sem vontade de repetir.

zulu “às turras” com o pequeno ecrã



 

Qualquer forma de terrorismo
deve ser condenada. A Al-Qaeda não pode ser vista com outros olhos, como Mário Soares sugeriu. Resistência é uma coisa, terrorismo é outra. No entanto, os Eua não podem agir a seu bel-prazer no que concerne ao combate a este perigoso fenómeno. Tanto não pode que sempre que o faz, deixa o globo terrestre em ebulição. A solução para este problema, a meu ver, terá que passar invariavelmente pelos serviços secretos que a esta altura deveriam já estar devidamente preparados numa lógica de entreajuda com acções conjuntas e sobretudo com partilha de informações. Ultimamente tenho até tido cuidados redobrados para não me esquecer de nenhum saco, pasta ou mochila em lugares públicos, porque já sei que passada meia hora está a brigada de minas e armadilhas a estoirar-me com as coisas. Este pânico generalizado não é saudável e acaba por ser uma fraqueza. Fraqueza esta habilmente explorada pelos meios de comunicação social que cada vez mais se ultrapassam na falta de escrúpulos e no sórdido aproveitar das situações limite em que as pessoas se encontram. Ora isto, pardais ao ninho, não tem nada a ver com dotar a população da informação que interessa.

zulu, o infiel.

domingo, março 28, 2004

 

a miguel ángel rodríguez



os territórios
avistam-se como continentes
de cor ,
de ausência.

são abruptamente
o caminho que percorremos
no mundo

as singulares sombras
que somos

que desenhamos na terra
por passarmos

seguimos na peugada
do prelúdio,

quedamo-nos mudos
e contemplamos
a noite do que nos rodeia

é o movimento
que se nos exibe

somos nós
parados
no meio da metamorfose
do tempo.


nuno travanca.

.

sexta-feira, março 26, 2004

 
Senhor Doutor Pedro Santana Lopes:

Só para lhe dizer que o espólio do Eça de Queiroz naufragou juntamente com o navio que o transportava, ao largo da cidade de Lisboa. Presumo portanto que quando diz que vai trazer todo o espólio do Eça de Queiroz para uma suposta casa-museu, à imagem da Casa Fernando Pessoa, irá vestir o fato de mergulhador e procurar o que até hoje ninguém encontrou.

Já sei, o sr. Dr. teve uma visão da Lisboa nice e de seguida viu um mapa com um X a assinalar o local exacto do naufrágio do navio que trazia o dito espólio.

Ah, já me esquecia, a casa que o senhor comprou e que diz ter sido local de pernoita do escritor Eça de Queiroz não é, afinal, a casa certa.

Parece que o Pedro está a acertar em cheio na água.

E o túnel das Amoreiras Sr. Dr. ?! Vamos também, por lá, "meter água" ?!

zulu on ice.

 
Está patente na Galeria Ceutarte a exposição "Territórios", do pintor espanhol Rodríguez Silva, até dia 8 de Maio de 2004.

zulu aconselha vivamente a exposição deste, extremamente simpático e de fácil trato, pintor de Sevilha.


 
os fins são só o começo de outra coisa.

ou se quisermos e parafraseando Lavoisier,
"Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma".


Tornar os impossíveis, possíveis.
É esse o sonho do zulu


 
Carta

Não falei contigo
com medo que os montes e vales que me achas
caíssem a teus pés...
Acredito e entendo
que a estabilidade lógica
de quem não quer explodir
faça bem ao escudo que és...

Saudade é o ar
que vou sugando e aceitando
como fruto de Verão
nos jardins do teu beijo...
Mas sinto que sabes que sentes também
que num dia maior serás trapézio sem rede
a pairar sobre o mundo
em tudo o que vejo...

É que hoje acordei e lembrei-me
que sou mago feiticeiro
Que a minha bola de cristal é feita de papel
Nela te pinto nua
numa chama minha e tua.

Desconfio que ainda não reparaste
que o teu destino foi inventado
por gira-discos estragados
aos quais te vais moldando...
E todo o teu planeamento estratégico
de sincronização do coração
são leis como paredes e tectos
cujos vidros vais pisando...

Anseio o dia em que acordares
por cima de todos os teus números
raízes quadradas de somas subtraídas
sempre com a mesma solução...
Podias deixar de fazer da vida
um ciclo vicioso
harmonioso do teu gesto mimado
e à palma da tua mão...

É que hoje acordei e lembrei-me
que sou mago feiticeiro
e a minha bola de cristal é feita de papel
Nela te pinto nua
Numa chama minha e tua.

Desculpa se te fiz fogo e noite
sem pedir autorização por escrito
ao sindicato dos Deuses...
mas não fui eu que te escolhi.
Desculpa se te usei
como refúgio dos meus sentidos
pedaço de silêncios perdidos
que voltei a encontrar em ti...

É que hoje acordei e lembrei-me
Que sou mago feiticeiro...

...nela te pinto nua
Numa chama minha e tua.

Ainda magoas alguém
O tiro passou-me ao lado
Ainda magoas alguém
Se não te deste a ninguém
magoaste alguém
A mim... passou-me ao lado.

Ricardo Bettencourt



zulu a ouvir Toranja a horas tardias.


quinta-feira, março 25, 2004

 
o meu amor existe

o meu amor tem lábios de silêncio
e mãos de bailarina
e voa como o vento
e abraça-me onde a solidão termina

o meu amor tem 30.000 cavalos
a galopar no peito
e um sorriso só dela
que nasce quando a seu lado eu me deito

o meu amor ensinou-me a chegar
sedento de ternura
sarou as minhas feridas
e pôs-me a salvo para além da loucura

o meu amor ensinou-me a partir
n´alguma noite triste
mas antes ensinou-me
a não esquecer que o meu amor existe



Jorge Palma



terça-feira, março 23, 2004

 
Verrà la morte...


Virá a morte e terá os teus olhos
esta morte que nos acompanha
da manhã à noite, insone,
surda, como um velho remorso
ou um vício absurdo. Os teus olhos
serão uma palavra vã,
um grito emudecido, um silêncio.
Assim os vejo todas as manhãs
quando sobre ti te inclinas
ao espelho. Ó cara esperança,
nesse dia saberemos também nós,
que és a vida e és o nada.

Para todos a morte tem um olhar.
Virá a morte e terá os teus olhos.
Será como deixar um vício,
como ver no espelho
re-emergir um rosto morto,
como ouvir lábios cerrados.
Desceremos ao vórtice mudo.



Cesare Pavese



domingo, março 21, 2004

 

Até sempre, tia Nelinha



no bater da horas
todos os silêncios são minutos amurados

à espera do fim.



nuno travanca


sábado, março 20, 2004

 
Poema


Alguma coisa onde tu parada
fosses depois das lágrimas uma ilha
e eu chegasse para dizer-te adeus
de repente na curva duma estrada

alguma coisa onde a tua mão
escrevesse cartas para chover
eu partisse a fumar
o fumo fosse para se ler

alguma coisa onde tu ao norte
beijasses nos olhos os navios
e eu rasgasse o teu retrato
para vê-lo passar na direcção dos rios

alguma coisa onde tu corresses
numa rua com portas para o mar
e eu morresse
para ouvir-te sonhar



António José Forte

 
Dia 25 sai o Ensaio sobre a lucidez, de José Saramago.

sexta-feira, março 19, 2004

 
Pai...

sábado, março 13, 2004

 
Sábado , dia 13 pelas 21:30h na livraria-café concerto "Tempo de Leitura no Porto" é apresentada a antologia "Na voragem dos dias" (rua ferreira borges , 86)

Não consigo mandar e-mails , de modo que vos peço que difundam a notícia e o convite a quem puderem.


zulu a caminho do Porto

quinta-feira, março 11, 2004

 
Na sequência de numerosos ciclos de debate sobre a "blogosfera"
José Mário Silva (blogue de esquerda), Rui Almeida ( ruialme ) e Vitor Vicente ( henrykiller ) constituem os principais oradores de um (espera-se) esclarecedor e esclarecido debate que terá lugar, hoje, no Contraluz (Barreiro) às 22 horas.


zulu incita : Blogueiros e Bloguistas de todo o mundo, uni-vos e deixai-me em paz.

 


Quando telefonaste a tua voz estremeceu

e eu soube que fiquei de luto por tua causa


natan zach


zulu afere da israelitividade do poeta ainda vivo.

 
“The Passion of the Christ”, um retrato fiel ou anti-semitismo ?

Se por um lado o filme pode ser " de uma violência profundamente asquerosa e fundamentalmente anti-semita” como afirma Esther Mucznik e ter críticas impiedosas como a referência ao facto do filme ser integralmente falado em latim e num aramaico mal pronunciado, duas línguas já fora de rota e abstraindo-nos do relato, tendo o filme como experiência cinematográfica pura e dura, é extremamente pobre e brutalmente violento, enraizado em doutrinas cismáticas e marginais.
Por outro lado “o filme é fiel aos ensinamentos da Bíblia, que afirma sermos os responsáveis pela morte de Cristo, todos somos pecadores, os nossos pecados são a causa da Sua morte, não é nenhum grupo em particular.” e como retrato apresenta-se rigoroso ao ponto de nos reprimir, tal é a violência nele representada.
O Padre Di Noia comentou o filme desta forma: "O coração do homem teria de ser feito da pedra para que permanecesse irremovivel diante deste filme extraordinário; uma incomensurável profundidade do amor divino esforça-se para trazer vida à tela.”

Por que será que o papa , segundo consta, não viu o filme?

Será para o santo pontífice demasiado cruel ser obrigado a ver tamanha sangria e tamanho sofrimento?
É de facto curioso esse facto. O representante de Pedro não ser o testemunho maior daquele que se apresenta como sendo o retrato fiel das últimas doze horas de vida de Jesus Cristo em filme.

Ou terá, afinal, visto ?

Igualmente curioso é o facto de Mel Gibson ter claudicado ao cortar algumas cenas, do que seria o filme em toda a sua extensão, face às pressões externas a que foi sujeito. Cenas estas que se baseavam em "O seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos". Mateus 27:25. Afigurava-se perigosamente violento, mas, depois de tanta coragem para pôr em cena um assunto tão controverso e capaz de criar este clima conflituoso no seio das religiões, parece-me extremamente infeliz o recuar de posição do realizador Gibson.


Devemos ter em atenção, fundamentalmente, dois factores : Mel Gibson é Cristão e baseia-se nas sagradas escrituras, tomando-as como verdadeiras e fiéis; Haverá certamente outras perspectivas da mesma história que não são aqui retratadas.
Trata-se, nessa medida, de um documento tão verdadeiro quanto a religiosidade de quem o vê e das suas crenças e fé que antecipam o filme.
Pode também ser visto como uma forma de evangelização. Podendo, portanto, criar muito mais celeuma do que a que já criou, nomeadamente neste momento conturbado que atravessamos.

E há até quem diga que Jesus Cristo e a Igreja são um bom negócio.

zulu avisa: Estreia hoje “A paixão de Cristo” num cinema perto de si.
Como é que o prof. Freitas do Amaral nunca se lembrou disto?!

quarta-feira, março 10, 2004

 
Malangatana, um dos expoentes máximos da pintura Moçambicana inaugura uma exposição retrospectiva no Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA), em Lisboa, pelas 18 horas. Mostra, de igual forma, uma faceta menos conhecida do pintor - a de poeta. O mesmo que escreveu: "Não me faças chorar tanto / Porque já a minha infância foi de lágrimas / mas também não me dês piedade / Porque foi a piedade / Que me embruteceu".

zulu on art

sábado, março 06, 2004

 
a descoberto o corpo
as vestes já gastas , caídas.

o celofane deserto , com cores
pouco óbvias.

e é o corpo ( o mesmo que se move ) ,

que vulnerável à luz , é também sombra
abençoada que nos leva o frio à boca.


já é final de semana , já é difícil evitar
o frio.

mesmo na quietude o escaparate não se vislumbra.

só uma aguarela persiste , a ser-nos breve.

nós e a tinta.

o sangue ,
sempre o sangue.



nuno travanca

segunda-feira, março 01, 2004

 
And the oscar goes to :

Melhor Filme: "O Senhor dos Anéis - O Regresso do Rei"
Melhor Realizador: Peter Jackson ("O Senhor dos Anéis - O Regresso do Rei")
Melhor Actor: Sean Penn ("Mystic River")
Melhor Actriz: Charlize Theron ("Monster")
Melhor Actor Secundário: Tim Robbins ("Mystic River")
Melhor Actriz Secundária: Renée Zellweger ("Cold Mountain")
Melhor Filme Estrangeiro: "As Invasões Bárbaras" (Canadá, Denys Arcand)
Melhor Filme de Animação: "À Procura de Nemo"
Melhor Argumento Original: "Lost in Translation - O Amor é um Lugar Estranho"
Melhor Argumento Adaptado: "O Senhor dos Anéis - O Regresso do Rei"
Melhor Banda Sonora: "O Senhor dos Anéis - O Regresso do Rei"
Melhor Canção: "Into the West" ("O Senhor dos Anéis - O Regresso do Rei")
Melhor Caracterização: "O Senhor dos Anéis - O Regresso do Rei"
Melhor Direcção Artística: "O Senhor dos Anéis - O Regresso do Rei"
Melhor Direcção de Fotografia: "Master and Commander - O Lado Longínquo do Mundo"
Melhor Guarda-Roupa: "O Senhor dos Anéis - O Regresso do Rei"
Melhor Documentário, longa-metragem: "The Fog of War"
Melhor Documentário, curta-metragem: "Chernobyl Heart"
Melhor Montagem: "O Senhor dos Anéis - O Regresso do Rei"
Melhor Curta-metragem de Animação: "Harvie Krumpet"
Melhor Curta-metragem: "Two Soldiers"
Melhor Som: "O Senhor dos Anéis - O Regresso do Rei"
Melhor Montagem de Som: "Master and Commander - O Lado Longínquo do Mundo"
Melhor Efeitos Visuais: "O Senhor dos Anéis - O Regresso do Rei"


zulu dos anéis levou tudo e não deixou nada. Coitadinhos dos actores da irmandade anelar que só viram passar os óscares.

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