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quinta-feira, março 11, 2004

 
“The Passion of the Christ”, um retrato fiel ou anti-semitismo ?

Se por um lado o filme pode ser " de uma violência profundamente asquerosa e fundamentalmente anti-semita” como afirma Esther Mucznik e ter críticas impiedosas como a referência ao facto do filme ser integralmente falado em latim e num aramaico mal pronunciado, duas línguas já fora de rota e abstraindo-nos do relato, tendo o filme como experiência cinematográfica pura e dura, é extremamente pobre e brutalmente violento, enraizado em doutrinas cismáticas e marginais.
Por outro lado “o filme é fiel aos ensinamentos da Bíblia, que afirma sermos os responsáveis pela morte de Cristo, todos somos pecadores, os nossos pecados são a causa da Sua morte, não é nenhum grupo em particular.” e como retrato apresenta-se rigoroso ao ponto de nos reprimir, tal é a violência nele representada.
O Padre Di Noia comentou o filme desta forma: "O coração do homem teria de ser feito da pedra para que permanecesse irremovivel diante deste filme extraordinário; uma incomensurável profundidade do amor divino esforça-se para trazer vida à tela.”

Por que será que o papa , segundo consta, não viu o filme?

Será para o santo pontífice demasiado cruel ser obrigado a ver tamanha sangria e tamanho sofrimento?
É de facto curioso esse facto. O representante de Pedro não ser o testemunho maior daquele que se apresenta como sendo o retrato fiel das últimas doze horas de vida de Jesus Cristo em filme.

Ou terá, afinal, visto ?

Igualmente curioso é o facto de Mel Gibson ter claudicado ao cortar algumas cenas, do que seria o filme em toda a sua extensão, face às pressões externas a que foi sujeito. Cenas estas que se baseavam em "O seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos". Mateus 27:25. Afigurava-se perigosamente violento, mas, depois de tanta coragem para pôr em cena um assunto tão controverso e capaz de criar este clima conflituoso no seio das religiões, parece-me extremamente infeliz o recuar de posição do realizador Gibson.


Devemos ter em atenção, fundamentalmente, dois factores : Mel Gibson é Cristão e baseia-se nas sagradas escrituras, tomando-as como verdadeiras e fiéis; Haverá certamente outras perspectivas da mesma história que não são aqui retratadas.
Trata-se, nessa medida, de um documento tão verdadeiro quanto a religiosidade de quem o vê e das suas crenças e fé que antecipam o filme.
Pode também ser visto como uma forma de evangelização. Podendo, portanto, criar muito mais celeuma do que a que já criou, nomeadamente neste momento conturbado que atravessamos.

E há até quem diga que Jesus Cristo e a Igreja são um bom negócio.

zulu avisa: Estreia hoje “A paixão de Cristo” num cinema perto de si.
Como é que o prof. Freitas do Amaral nunca se lembrou disto?!

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