sábado, março 06, 2004
a descoberto o corpo
as vestes já gastas , caídas.
o celofane deserto , com cores
pouco óbvias.
e é o corpo ( o mesmo que se move ) ,
que vulnerável à luz , é também sombra
abençoada que nos leva o frio à boca.
já é final de semana , já é difícil evitar
o frio.
mesmo na quietude o escaparate não se vislumbra.
só uma aguarela persiste , a ser-nos breve.
nós e a tinta.
o sangue ,
sempre o sangue.
nuno travanca
as vestes já gastas , caídas.
o celofane deserto , com cores
pouco óbvias.
e é o corpo ( o mesmo que se move ) ,
que vulnerável à luz , é também sombra
abençoada que nos leva o frio à boca.
já é final de semana , já é difícil evitar
o frio.
mesmo na quietude o escaparate não se vislumbra.
só uma aguarela persiste , a ser-nos breve.
nós e a tinta.
o sangue ,
sempre o sangue.
nuno travanca