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quinta-feira, fevereiro 26, 2004

 
Ensaio sobre a Lucidez é o novo livro de José Saramago que promete muita celeuma na sociedade portuguesa e na classe política em particular.


zulu em forma

sexta-feira, fevereiro 20, 2004

 
A Ceutarte e Nuno Travanca

têm o prazer de convidar V. Exa. para a inauguração da Exposição de Pintura de Maria Antónia Santos, que se realiza na Galeria Ceutarte, em Lisboa, no dia 20 de Fevereiro de 2004 (sexta-feira), pelas 18H00.



Galeria Ceutarte, Lisboa (Av. Ceuta Sul Lote 7, loja 1 - 1350 Lisboa)
Telefone: 212 625 395 Horário de visita: Segunda a sábado, das 15h00 às 19h00.
e-mail: ceutart@somague.pt




 
Vale e Azevedo abriu os noticíários da noite e porquê? Não sabemos por que é que tudo isto acontece.
Acácio Barreiros morre e dá-se valor ao que realmente interessa, os vivos e aldrabões. Porque é assim o mundo dos cinzentos. Queres viver nesse mundo? Duas hipóteses: não ver televisão, ou então ver o "bigfish" em formato permanente que ocupe demasiada capacidade de se ser fútil. Este texto está atabalhoado de propósito. Quero hóquei patins para presidente!


zulu em chamas

quinta-feira, fevereiro 19, 2004

 



Bigfish

"um homem conta uma história tantas vezes que se torna a própria história
e a história torna-se maior do que ele, assim se torna eterno."


o zulu não vai ver outra vez o "bigfish", mas vê-lo-á muitas vezes pela vida fora. Talvez já o tenha visto, talvez já...

segunda-feira, fevereiro 16, 2004

 
as primeiras coisas eram verdes ou azuis , com água pela cintura;
duras esmeraldas umas , outras animais , vibrantes
quando lhes toca a luz; o mais das vezes encostados
à parede do estábulo , com grandes olhos húmidos
e um precipício ao fundo ( e as nuvens são o seu bafo ).
e no entanto , visto à distância exacta , tudo se transforma:
o cenário do mundo é só um infinito espaço
cheio de coisa nenhuma , e a luz o puro efeito
de dois deuses menores que marcam compasso.

é certo que , na chuva , o teu corpo anuncia
com seu distante olhar , um prazer que não cabe
na estreiteza da fábula; um céu , não duvidemos ,
acolhe o terno gesto que não foi.
o tempo mal passado que apodrece; e ruminante encosto
ao tampo de água o bico ou pincel fosco
onde surgira , de repente , nada.

os portões oscilam , e a erva adiante , se nos aproximamos.
claramente vejo como te divides
num infinito número simultâneo de mundos.
as palavras celebram , mudas , a água na paisagem ,
verde ou azul , conforme desejaste.
avanço imóvel , descalço sobre a erva ,
e quando fecho os olhos invade-me a luz por dentro
compacta , completa , como as coisas primeiras


António Franco Alexandre



sexta-feira, fevereiro 13, 2004

 
Conta à ordem

Corpo quinze tocado no suposto defeito de uma festa ,
mansinha , até aqui como tal.
Confirmação de desejo , sem escolha , sem estalo , pás.
Homens que se apresentam com vénia
a abrir uma vontade na ganga ,
no olhar decotado derrame de noite.

Corridas de bocas na madrugada ,
linguas revestidas na pressa , saia a deixar ver as gordas , cadelas negras ,
sabão não lava , espuma e cinto na honra ,
menina a deixar , de ser.

Tempo de um altar cego e de um remorso enlaçado
bem ao lado , benzinho.

Agora sente-se bem , ao cruzar as pernas ,
como a mãe fazia.


Nuno Moura


 
Sobre o "Moloch" o que o zulu pode afirmar é que é mais um grande filme do realizador russo Alexander Sokurov. Um filme falado em alemão, com um Hitler pintado por Sokurov com as cores a que nos habituou. Não é um poema visual como a "Arca Russa" o é, mas é sem dúvida um testemunho bastante válido no tratamento da vida de Hiltler, vista pela perspectiva da sua amante Eva Braun. "Moloch" é um misto de ingenuidade e loucura que dá ao espectador a sensação do que era o íntimo de Hitler e do quão importantes foram aqueles que estavam na sua órbita.

zulu não é capaz de dissociar a "arca russa" do visionamento de outros filmes. Talvez por isso nos próximos tempos nenhum filme o deixará boquiaberto.

 
Quem não conhece a "Amelie" do "Fabuloso destino de Amelie Poulain". Para vermos de novo Audrey Tautou no seu melhor, depois de "Estranhos de Passagem" podemos fazê-lo em "Bem me quer.... Mal me quer".

zulu na divulgação de cinema.

 
Scarlett Johansson Atenção a esta rapariga.
De nacionalidade americana tem a magia das estrelas. O Zulu viu-a em "Lost in translation" (O amor é um lugar estranho) e prepara-se para a ver em "Girl with a Pearl Earing" (Rapariga do brinco de pérola). Rapariga do brinco de pérola para quem não sabe é o título de um famoso quadro do holandês Johannes Vermeer.


Zulu didáctico.

 
"Escrevem-se cartas onde ele nos aparece ora queixoso da «melancolia» com que a atormenta, ora a sonhar a felicidade de um futuro
de união definitiva."

Paulo Quintela refere-se à relação que Holderlin manteve com Louise Nast.

A lucidez ainda lhe impera, o espectro acompanha-o bem como o seu hábito.




segunda-feira, fevereiro 09, 2004

 
Quatro

1.não me ocupo de quem não amo. Não
me demoro em jogos. como laranjas
em casa nas noites muito frias.

2.provavelmente uma enseada: como se arrasta
esta hora como devagar as palavras são palavras.
3.o desmazelo das pernas suaves também elas ou eu.

4.quase eu.



teresa leonor vale

 
estava um teatro um palco de teatro
e trinta pessoas a olhar para o palco e a sorrir para o palco.

viram tudo. até bateram com as mãos umas nas outras.
bravo diziam elas, as mãos.

depois as trinta pessoas deixavam de olhar para o palco ,
deixavam também de ser trinta

está um teatro e um palco de teatro
e o espectáculo vai começar.



nuno travanca



 
Fly pan am


uma viagem ao mundo do absurdo real , sob as curvas esguias da encosta da mente.
sugiro a quem necessite de equilíbrio mental, de passarinhos junto ao carril de ferro.


"Efférant-Afférant"- onde o zulu continua a regressar incrédulo. Ouçam, experimentem o que é estar noutro lado, não serem nada durante uns minutos.



quinta-feira, fevereiro 05, 2004

 
o labirinto dos gatos
é um sítio
emaranhado de pêlo
que o músculo acautelado
supera num estrondo
num murmúrio
vociferado
que nos arranca o medo
ainda criança
e nos leva ao colo
até de lá não sairmos.


nuno travanca

 
Dos fracos (não) reza a história.

"Levantou-se e pôs-se atrás de mim. - Não é forte, por ser um fraco não compreende que os fracos são as coisas mais fortes do mundo."

ao zulu apeteceu-lhe citar djuna barnes e citou.


domingo, fevereiro 01, 2004

 
É por dentro do ruído da cidade
que se mobila
a paração dos instantes.

Que vem acima ,
desprendendo-se dele e o deixando
perder-se em pressa de razão vazia.

A transparência realiza , entretanto ,
da paração inculca
uma negrura luminosa de halo

onde o silêncio realiza a sua.
E onde o sorriso elíptico das almas
exulta de sapiência , na ignorância
do ruído que as circunda.


fernando echevarría



 
quando a própria virtude se conquista no mover do peito
todo um encastoado de vimes sepulcrados em mim
se agita , atordoado
contemplando a sanha doce, o papel de ontem revolto,
como um junco pueril que se disfarça em si mesmo
acontecem as violentas brisas
as quais jamais devemos sustentar ao ombro,
ou aos ombros.
quando o nosso som é redimido entre escombros
o melhor é percepcionar o mover de peito
por dentro
e imperceptível ao gesto
gritar gritar mais alto do que alguém possa
ouvir.


nuno travanca





 
«Cada vez que os alunos sobem um degrau na escalada do ensino sabem cada vez menos.»

zulu faz uma regra de três simples para saber se os professores sabem cada vez mais.



 
O DN jovem causa-me náuseas



 
Lisboarte 2004

a pintora Isabelle Faria expõe algumas obras num conjunto intitulado Self-Substituting Subject. Galeria 111, Entrecampos.

zulu aconselha

 
A arca russa



a não perder no king triplex 2ªf, 2 Fevereiro

filme seguinte, também do realizador russo alexander sokurov, "moloch"

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