sexta-feira, fevereiro 13, 2004
Conta à ordem
Corpo quinze tocado no suposto defeito de uma festa ,
mansinha , até aqui como tal.
Confirmação de desejo , sem escolha , sem estalo , pás.
Homens que se apresentam com vénia
a abrir uma vontade na ganga ,
no olhar decotado derrame de noite.
Corridas de bocas na madrugada ,
linguas revestidas na pressa , saia a deixar ver as gordas , cadelas negras ,
sabão não lava , espuma e cinto na honra ,
menina a deixar , de ser.
Tempo de um altar cego e de um remorso enlaçado
bem ao lado , benzinho.
Agora sente-se bem , ao cruzar as pernas ,
como a mãe fazia.
Nuno Moura
Corpo quinze tocado no suposto defeito de uma festa ,
mansinha , até aqui como tal.
Confirmação de desejo , sem escolha , sem estalo , pás.
Homens que se apresentam com vénia
a abrir uma vontade na ganga ,
no olhar decotado derrame de noite.
Corridas de bocas na madrugada ,
linguas revestidas na pressa , saia a deixar ver as gordas , cadelas negras ,
sabão não lava , espuma e cinto na honra ,
menina a deixar , de ser.
Tempo de um altar cego e de um remorso enlaçado
bem ao lado , benzinho.
Agora sente-se bem , ao cruzar as pernas ,
como a mãe fazia.
Nuno Moura