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segunda-feira, outubro 25, 2004

 
à mulher cujo sabre era um beijo

em lugar de calendário e meses
tinha olhos para todos os tempos
clássicas em rutila, as meninas
que neles dançavam ininterruptamente.


cedo se vislumbrou
que era em fé e em usança
o caminho
da triste sina a sua falsa temperança.


antes mesmo dos dias se consumarem
os deuses lhe traçaram o músculo
do homem que teria por má sorte


seria breve o seu sórdido arbítrio e livre
depois de se aprisionar
àquele que tem por frívola consciência
a prática que aturde em
ímpia desenvoltura
o vagar silêncio do ínfimo términos


seriam seus olhos endeusados
que de rios e correntes
pereciam desarmados
sob o traço prévio
do olimpo
a beijar-me
no começo da humanidade


nuno travanca


quinta-feira, outubro 14, 2004

 
a Praxe

é através da existência de uma ferramenta organizada com o intuito de proporcionar a todos os novos membros da Academia o gosto pela universidade, onde durante alguns anos serão assíduos, que se difundem e transmitem as tradições e vivências Académicas.

eis a praxe.

desta forma, e num esforço heróico de alguns, incute-se um dito espírito que nada mais é que o enquadrar destas mesmas tradições. movimentos salutares de cariz social e de dinâmica cultural supervisionados por orgãos tais como associações académicas, núcleos e organismos criados única e exclusivamente pela existência da praxe académica (conselho de veteranos; CAPA (comissão de apoio à praxe académica); etc.

a Praxe é um ritual que pretende envolver e introduzir os novos membros da academia (caloiros) na vida académica, numa nova realidade.

é certo que se cometem exageros nas Praxes, mas, poderão essas situações ser consideradas Praxe? os Caloiros não devem deixar de ter um espírito crítico aquando da ameaça da sua condição humana. no entanto devem ter em atenção que aquelas pessoas que se lhes apresentam como quem os vai praxar merecem todo o respeito possível e admiração. devem denunciar as pessoas que cometeram os excessos para que estes sejam chamados à razão bem como sancionados.

que a Praxe nunca morra.

em relação a movimentos anti-praxe, fica o meu respeito por opiniões diversas e discordância.

a minha opinião é de que quem não passa pela Praxe perde momentos que jamais esquecerá. e a minha opinião é baseada na minha própria experiência, enquanto caloiro e agora do outro lado a transmitir valores e orientar mentalidades.

um abraço a todos aqueles que tomam na Praxe o seu lugar.




sexta-feira, outubro 08, 2004

 
outubro

perscruto-me na contemplação dos segredos
porque dentro há sempre algo oculto.
o que vemos oculta o que não vemos
como o silêncio oculta o ruído
e as folhas que caem ocultam outubro.
o que o tempo oculta? o que o mês descobre?
a nuvem oculta o sol o sol oculta a lua
a chuva oculta o grão que o chão encobre.


nuno rebocho





 
Eis que chegou o Outubro
Eis que me visto de inverno e me sabe a verão por todo o corpo
e lá ao fundo que se descobre ?
um novo Outubro

que não poderei perder.



nuno travanca

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