quarta-feira, dezembro 30, 2009
À luz da tua palavra
onde me começa a jorna
renascem pássaros de olhos
que bolinam
em ondulações
verticais
Voltam sempre como a forrar
de infância
um oceano que me cega
os braços que nadam até à margem
conduzindo a dor
transportando as pedras
que se nos ficaram
por abrir
tal os meus olhos
nuno travanca
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Sempre - não é de hoje - reconheci a transparência, aquela que forra a vida e me faz altercar sonhos
Como se me alasse e fosse de pedra
Sou aliforme e prendes-me os olhos
Presa num espelho que usas como um hissope ao dizer "Se Deus Quiser"
Falta-me o fundamento, o corpo sólido para que possa voar
Falta-me povoar realidades que não se notam porque não as professo
Hoje se eu pudesse galopar oceanos
Hoje se eu soubesse o que é uma margem
Hoje se eu voasse uma ponte e - se eu soubesse admitir-te que uma ponte poderia unir as partes de um todo - estrelas e pedras nomeariam o mesmo molde
Renasce sempre o voo passeriforme
A perfeição mortal de um gesto canoro que me faz caçar a luz e abrir os olhos, partir espelhos e rasar sem desvios, suave e sonoramente, essa luz que me cega
Gritar pontes, pedras e estrelas que me perpassam, me fizessem flutuar e perguntar - Assas para quê?
Porque há uma luz que cega o gesto
Porque há um gesto que me recolhe sempre
Porque cesso, porque me faltam as assas e porque tal como um armeiro, calibro a vida
Hoje sei que as velas do barco nunca serão colhidas
Porque falta o apetecível grito que saciaria a tua falta
Porque fica o silêncio de uma prisão condicional que nunca irei reconhecer como verdadeira - apenas consinto as asas de olhos abertos porque não os quero fechar.
A. :) apeteceu-me. (ponto final parágrafo)
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Como se me alasse e fosse de pedra
Sou aliforme e prendes-me os olhos
Presa num espelho que usas como um hissope ao dizer "Se Deus Quiser"
Falta-me o fundamento, o corpo sólido para que possa voar
Falta-me povoar realidades que não se notam porque não as professo
Hoje se eu pudesse galopar oceanos
Hoje se eu soubesse o que é uma margem
Hoje se eu voasse uma ponte e - se eu soubesse admitir-te que uma ponte poderia unir as partes de um todo - estrelas e pedras nomeariam o mesmo molde
Renasce sempre o voo passeriforme
A perfeição mortal de um gesto canoro que me faz caçar a luz e abrir os olhos, partir espelhos e rasar sem desvios, suave e sonoramente, essa luz que me cega
Gritar pontes, pedras e estrelas que me perpassam, me fizessem flutuar e perguntar - Assas para quê?
Porque há uma luz que cega o gesto
Porque há um gesto que me recolhe sempre
Porque cesso, porque me faltam as assas e porque tal como um armeiro, calibro a vida
Hoje sei que as velas do barco nunca serão colhidas
Porque falta o apetecível grito que saciaria a tua falta
Porque fica o silêncio de uma prisão condicional que nunca irei reconhecer como verdadeira - apenas consinto as asas de olhos abertos porque não os quero fechar.
A. :) apeteceu-me. (ponto final parágrafo)
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