segunda-feira, julho 14, 2008
O feminino do palpável
(com e sem apalpação)
O facto histórico e legado provisional intuído desse admirável mundo másculo influi, directamente, na dependência e integração no processo de arquétipo nuclear feminino.
Uma eventual identidade feminina ainda vai demorar tempo a construir. A consciência feminina foi assimilada como uma espécie de contraponto da masculina, o que é, de todo em todo, um erro de palmatória.
Em casos extremos, esta consciência não é um caminho próprio mas uma teia labiríntica que depende do masculino para sobreviver. Ou seja, o caminho masculino é uma espécie de inimigo e obstaculiza o surgimento de um movimento cuja identidade feminina grasse verdadeira e coerente, realizando ao invés, um padrão déspota, prepotente e ínvio.
Surge uma real permanência, a existente, que se cifra e compõe pelo desconhecimento de necessidades próprias. O emaranhado de padrões estereotipados é um fardo pesado, mas a variante sustentada no princípio da negação não é satisfatório. Não é sugerido que este trajecto seja uma projecção da vontade feminina, mas uma mescla entre esta e a condicionante masculina.
Desejável será que esta viagem no feminino e pelo feminino se dê através da retracção que caracteriza aquele caminho preocupado em prevalecer submetendo o outro. Essa sim seria a diluição total e absoluta, da tirada humorística da guerra dos sexos, num diálogo repulsivo.
Esta reorganização social em curso, com passos apoucados, titubeantes e tímidos, em direcções dúbias e falaciosas, é espelhada francamente no universo literário. Valendo aquilo que vale.
nuno travanca
Comments:
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É preciso errar para acertar com o caminho e caír para levantar. Tudo se torna confuso quanto maior a profusão de interesses e desinteresses. O racismo pode acabar com o cruzamento global mas a guerra do(s) sexo(s) está para durar......... até que murche.
Abraço
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Abraço
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