terça-feira, janeiro 01, 2008
à maria khépri
beleza enquanto processo respiratório
ela solve mecanicamente o sangue
quando inspira melancólico outro dia
uma pequena árvore mostra-me as asas
os vôos impróprios que lhe descobre
as luzes ofuscadas do seu límpido sono
e então expira, tal prazo que não li
processa-se ante um corpete apertado
uma respiração dúbia
obstinadamente reflectiram o silêncio
os passeios dos lagos espelhados
a raiva dos campos de batalha
e é esta causa justa que lhe vejo
entre a penumbra
músculos da boca tendem a sorrir
a não sorrir
é inconsolável esta cura que
com as rédeas bem presas
deixa de processar um esteta.
nuno travanca
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Deve ter um, dois, três, quatro, cinco blogs! Desconheço-lhes a morada, muito por culpa própria. deve ser esta fraqueza de sentir as coisas sempre para além delas. sempre. sempre. sempre.
Saudações.
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Saudações.
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