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quarta-feira, março 07, 2007

 
"La mort elle aussi brille par son absence"


morreu ontem o sociólogo, poeta e fotógrafo francês Jean Baudrillard.

pensador da causa quotidiana, de teses extremas, da desconstrução da realidade, dos planos descontínuos, idiossincráticos e dissociáveis.


VI
O avesso do céu
gravado em cobre
e desensolarada a própria água
entre o fim da feira
e o mercado de flores
quando ultrapassamos a imagem
uns dos outros
olhos abertos –
mas sem quebrar a simetria
no entanto
o brilho dos olhos vem
do jogo das ideias contrárias e
da incerteza da vontade,
e se desde cedo nossos sonhos
nos forem explicados – para quê
andar a noite inteira?
Até as mais frágeis meninges
das árvores, dos degraus,
de perto ou de longe
é a fidelidade de um só
ou no fingidor, o inverno,
a vergonha feita da
maciez de um corpo
estranho.
Escorcioneiras genitais
e perfumadas
do desejo
a ave sinclinal chama
com seu guincho de harpia
anticlinal da
floresta.

Jean Baudrillard

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