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terça-feira, novembro 18, 2003

 
À noite vêm as vezes tão perdidas,
para nos levar.

Trazidas pelo medo súbito de supôr perto,
ao sabor da brusquidão da água.

Sem a defesa das pedras,
sentadas na margem dos rios.

Apenas o vislumbre da foz,
um gesto que engoli em amplexo.

O abismo em que às vezes me julgo,
à noite.



nuno travanca

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