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quarta-feira, dezembro 30, 2009

 




À luz da tua palavra
onde me começa a jorna

renascem pássaros de olhos
que bolinam

em ondulações
verticais

Voltam sempre como a forrar
de infância

um oceano que me cega
os braços que nadam até à margem

conduzindo a dor
transportando as pedras

que se nos ficaram
por abrir

tal os meus olhos


nuno travanca




 

hoje que a casa é mais morna
galopantes me surgem os desvios

falta-me a morte, de a caçar
os beijos que me fecham os olhos
e aspergem de insanidade os sonhos

falta a arbitrariedade do teu gesto
alguns litros de pecado,
há uma luz que nunca se apaga

hoje que o céu é mais frio
e esvoaçantes se notam os pássaros

falta-me o golpe, as asas
os ligeiros tremores que salivo
e transpareço na acção que te acolhe

falta a saciedade que eu não vou nunca
admitir-te

porque há uma luz que nunca se apaga
vem-me de ti


nuno travanca


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